Durante a pandemia, Carly Rae Jepsen conheceu o artista emergente Lewis OfMan e ficou encantada. Os dois lançaram “Move Me”, sua primeira parceria, na última sexta-feira, e Jepsen foi ao Instagram compartilhar um pouco da experiência de trabalhar com OfMan no meio da quarentena.
“Em Setembro de 2020 eu escutei um artista chamado Lewis ofMan. Um amigo me enviou uma playlist e eu fiquei pausando algumas das músicas de Lewis pensando “isso é muito bom”.
O mundo estava de cabeça para baixo, então eu tinha tempo extra para realmente ouvir música e me fazer perguntas como “quem criou isso e como podemos ser amigos?”.
A maneira como ele trabalha o gênero disco francês foi a minha favorita para as festinhas de dança na minha sala de estar. Isso foi durante o período de isolamento então a minha lista de convidados para essas festinhas na sala de casa incluíam meu gato Frankly e eu, e ele não é um bom dançarino.
Eu descobri que Lewis tinha apenas 22 anos (e agora 23), vivia em PAris e produzia suas próprias faixas. Eu estava realmente impressionada e animada para conhecê-lo. Como ninguém estava autorizado a voar, Lewis e eu decidimos nos conhecer pelo Zoom. Ele estava preso em Venice e eu trancada em Los Angeles.
A absurdidade desse novo normal foi até meio poético, na verdade. Um homem francês na Itália e uma garota canadense em LA, falando de lados opostos do mundo e tentando escrever juntos. Eu geralmente de pijamas, e ele geralmente com óculos escuros dentro de casa. Nos conectamos imediatamente.
Em nossas ligações, sempre senti que três horas voaram em quinze minutos. Às vezes é assim mesmo. Eu o enviava algumas ideias e ele me mandava outras e fomos assim. “Olá, Carly! Está chovendo em Pari hoje!”, ele diria. Eu estava encantada.
Continuamos nossas conversas quase toda semana em o que poderia ser um dos momentos mais solitários da humanidade. Sempre no Zoom, e sempre dançando/tocando músicas de diferentes lados da Terra. Eu ouvi outros músicos amigos reclamarem das sessões no Zoom, mas nós nem sentimos. A pausa forçada e as trocas nos deu uma nova perspectiva. Ao invés de uma sessão pessoalmente por um dia, era mais fácil improvisar conforme íamos. Eu ainda vejo as vantagens desse tipo de colaboração.
Avance um ano e meio depois, e o mundo se abriu novamente. Descobrimos que estaríamos ao mesmo tempo em Nova York e estávamos muito animados para finalmente nos encontrar pessoalmente. Eu me lembro de pensar, “e se odiarmos um ao outro na vida real?”. Mas sem problemas, nós basicamente falamos um por cima do outro num momento muito excitante na Electric Lady Studios. Foi perto do meu aniversário, então ele me levou um bolo, e me recordo que pensei ser a amizade mais fofa que eu já tive até hoje.
Naquele dia, cantamos algumas harmonias para uma faixa que ainda não tínhamos terminado e à noite, fui para casa pensando que gostava dele mais ainda do que antes. Engraçado que, algo sobre a nossa química escrevendo em Nova York era diferente de como foi por Zoom. Aquele ritmo lento forçado de “amigos de caneta” escrevendo era realmente mágico, e sei que Lewis sentiu a mesma coisa.
Lewis tem mesmo sido a melhor coisa que aconteceu nos meus últimos dois anos enquanto não era possível estar em turnê e viajar era apenas um sonho. Além disso, ele tem uma das minhas vozes masculinas favoritas. Mal posso esperar para vocês ouvirem a nossa primeira colaboração, agora que ela foi lançada! E também precisamos de um nome para nossa banda, não é Lewis? Alguma sugestão?”